segunda-feira, 25 de janeiro de 2016

Sobre as Oficinas


Chegamos na cidadezinha de ConCon, que fica ao lado de Viña del Mar. Lá conhecemos pessoalmente a Valentina, com que já havíamos falado desde o Brasil pelo Couchsurfing, e combinado de fazer as oficinas junto ao Projeto Temahatu Surf Social, coordenado por ela e por ela e seus amigos Esteban e Jony. Com a ajuda dela alugamos uma casinha deliciosa ao lado da casa deles, aonde também fica a sede do Temahatu, com uma vista linda do mar. Temahatu quer dizer  O CORAÇÃO na língua  Rapa Nui dos nativos da Ilha de Páscoa. E foi com o coração aberto que eles nos receberam, parecíamos amigos de longa data e percebemos que o propósito do Projeto Temahatu e do Rekombinando se encaixavam em perfeita sintonia.
Cozinhamos juntos um jantar e eles nos contaram que acabavam de ganhar um edital do Ministério dos Esportes para realizar aulas de surfe em 2016  com  crianças em condição de vulnerabilidade social de Valparaíso, cidade portuária vizinha a Viña de Mar.  Combinamos que no dia seguinte iniciaríamos as oficinas fazendo uma horta, uma composteira e uma espiral de ervas no quintal da sede do Temahatu e também um grafite no muro de uma escadaria meio abandonada bem ao lado da casa.
No sábado de manhã fomos  a Valparaíso, carinhosamente chamada de Valpo pelos chilenos, para buscar as crianças que participam das atividades do Temahatu. A cidade que se espalha pelas montanhas  é totalmente voltada para o mar, as ruas são estreitas e íngremes e cheias de grafite, murais e pequenos cafés espalhados em vielas. Chegamos na casa das crianças e elas já estavam prontas no esperando, eram 4 meninas e dois meninos, junto com a mãe e a avó que nos acompanharam. A Cissa havia ido junto com os meninos do Temahatu conseguir adubo e algumas mudas para a oficina e a Christie ficou preparando o muro para o grafite.
O dia foi uma incrível: plantamos, cantamos, brincamos e pintamos. As queridas Débora e Adela (a mãe e a avó) cozinharam um delicioso almoço chileno para toda a galera. Muitos amigos do Temahatu apareceram para ajudar e aquele dia se transformou em um verdadeiro encontro de família. Pudemos sentir ver que as crianças estavam muito felizes no contato com a terra e com a arte e ao final da tarde cada uma expressou que havia gostado mais de algum momento em especial: de plantar,  pintar, fazer música, tirar fotos ou balançar na rede.

             

      
           Na volta para Valpo, ao levar as crianças para casa, já aproveitamos para dar uma volta pela cidade e conhecer mais da história e da cultura deste lugar encantador. Foi incrível pegar o ascensor que leva ao Cerro Alegre e ver um monte de músicos tocando na rua, artesãos, murais de grafite inspiradores e poder curtir o anoitecer lá de cima, vendo toda a cidade e consagrando uma nova amizade.

 

 


 No domingo tiramos o dia para surfar e conhecer melhor as praias ali por perto, não havia muita onda, mas conhecemos Reñaca  e  Ritoque que fica na região de  Quinteiros, lugar onde começou o surf no Chile. Conhecemos também a “Ciudad Abierta”, um local que foi adquirido por um grupo de arquitetos, poetas e artistas na década de 70  para formar uma comunidade e que hoje serve de espaços de experimentação artística e arquitetônica para os estudantes da Universidade de Valpo, um conceito bem inovador de aprendizagem e troca de experiência.
 


Na segunda-feira levamos as mesmas crianças para surfar na praia de La Boca, aonde existem várias escolas de surfe. Foi muito especial, pois foi o primeiro contato destas crianças com o surfe. Fizemos uma “saudação ao mar” e a brincadeira da “pinta estrela” antes de entrar no mar. Criamos uma conexão muito forte e natural entre o Rekombinando e o Temahatu e as crianças ao sentirem isto se mostraram  muito seguras e confiantes ao entrar no mar conosco.


O mar nos cura, nos coloca frente a nossos próprios traumas e limite nos proporciona situações para superá-los de forma lúdica e divertida. Trabalhamos bastante junto com as crianças  o respeito ao mar,a  natureza e entre nós. Um círculo de amor se criou entre todos que estavam ali presentes e terminamos este dia com o nosso grito de união “surf é vida, surf é paixão e amor no coração”


Texto de Antonia Wallig.
Fotos  e frames de Tz Jamur e Marcio Machado.




quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Viajando em Ritmo de Lela




            Este relato é para encorajar mães aventureiras, mulheres surfistas, esposas de surfistas e seus maridos a viajarem "mesmo",  com seus pequenos. Deixarei aqui um pouco da minha experiência viajando  nestes 2 anos e 6 meses de Gabriela.



            É bom explicar que eu e meu marido somos surfistas e muito aventureiros desde sempre, então quando nos unimos isso só aumentou gradativamente, desde que a Gabriela chegou para alegrar nossas vidas viajamos muito de Porto Alegre – litoral, Garopaba, São Paulo e Uruguai. Aos nove meses dela fomos com amigos e com o tio Rafa para Nicaragua e ao 1 ano e 10 meses para Indonésia incluindo Mentawai (Macarronis) o que foi uma aventura e tanto.


           Agora para sair com o projeto Rekombinando nós três já estávamos mais espertos e acostumados, além do mais ter tias como a Antônia (Tuca) e Christie (Kitie) é uma grande tranquilidade, porém,  pesquisar, conversar com mães e avós aventureiras, ler blogs e mister google são sempre importantes. Encontramos lá dicas como:  ter uma geladeira, fazer paradas estratégicas,  andar no ritmo deles, associar a viagem com desenhos animados de conhecimento deles, selecionar vídeos divertidos, etc.  


            Ao sair nesta nova Expedição, forma como eu chamo a nossa viagem para ela conectar a nossa viagem com o desenho da Expedição do Doke, que ela adora, percebi que foi muito importante ensinar ela desde bem cedo a comer sozinha, tomar banho de chuveiro, fazer xixi no vaso sanitário grande. Coisas simples que facilitam a nossa vida, ensinar a ser mais independente. Pelo fato dela ter mais liberdade para caminhar, se relacionar com pessoas ao seu redor a Gabriela virou uma pessoa muito sociável, adora fazer amizades e brincar em outros guarda- sóis, se divertindo muito.



            Prepare- se para não parar de fazer coisas  e ser muito feliz por fazer isso, a cultura e o aprendizado que a criança adquire é recompensador, e nunca esqueça de levar sempre o mínimo, mas o mais importante: os brinquedos favoritos, lápis de cor, papel e muitos vídeos a tira colo, uma geladeirinha cheia de comidinhas saudáveis e de vez em quando uma guloseima e leitinho em pó favorito. Embarque nessa e Boa Viagem. Viajando em Ritmo de Lela

quarta-feira, 13 de janeiro de 2016

Chegando no Pacifico


     Chegamos em Pichilemu, uma praia mais ao sul de Santiago. Ao avistarmos o Pacífico depois de tanta estrada sentimos aquela emoção. Este é o nosso verdadeiro destino, para onde a nossa bússola sempre nos leva,  água salgada. Os professors* não passaram por aqui, mas escolhemos conhecer este lugar pois ouvimos muito falar da onda de Punta de Lobos, conhecida por quebrar muito grande no inverno e estar  entre as maiores ondas do Planeta.
Ao chegar no mar lemos a passagem do diário do Neco, um dos “professors” que fazia o relato da viagem.  Nesta parte ele conta como foi a primeira vez que avistaram o Pacifico


O pueblo de Pichilemu é lindo, chegamos num domingo final de tarde e a cidade estava bem movimentada, tivemos sorte e encontramos um camping para ficar à beira de uma lagoa. Montamos acampamento debaixo dos pinheiros e cedros, em meio a natureza. Uma delícia!


O Pacifico é mesmo “desbundante”, como diz o Néco no diário. Cheiro de mar intenso, algas corpulentas vão e vem no balanço das ondas agarradas às pedras, pássaros pescadores, pedras grandes e imponentes compõe as bancadas aonde quebram as ondas. Uma energia contagiante. A água é suuuper gelada e no primeiro surfe em Punta de Lobos sentimos o cansaço da viagem e do frio.  No primeiro dia o mar tinha aproximadamente 3 pés (1m), o que não é muito em tamanho, mas aqui o mar tem uma força diferente, muita água em movimento.





                           


Conhecemos a Escola de surf do Marcelo, Natural Surf, que fica bem na beira da praia e ele nos recebeu muito bem, ele estava organizando um curso para instrutores de surf de Pichilemu, junto com o Renato, professor de surf de Arica (cidade que fica bem ao norte do Chile) e nos convidaram para participar. Fizemos a parte de primeiros socorros do curso, que será muito importante para nossa viagem. Neste curso conhecemos um monte de gente legal! O povo do Chile é super amável, tranquilo e ativo ao mesmo tempo, uma galera cheia de energia.


Encontramos também o Patrick, um artista da Bélgica  que mora em Pichilemu há mais de 15 anos e junta suas referências belgas com inspirações que vem do surf e da cultura local para criar seus desenhos. E nos sentimos em casa quando chegamos no Zeus, um centro de permacultura e desenvolvimento pessoal criado por uma galera que se juntou  com o propósito de serem os “Guardiães do Mar e da Terra”. Eles nos contaram que o surfe no Chile  é algo mais recente, nasceu há pouco mais que quarenta anos. Entendemos por que os “professors” na época da viagem deles não surfaram muito no Chile, pelo frio e porque os lugares para surfar eram ainda pouco conhecidos.


Caminhando pela praia conhecemos o Omar, um coletor de algas chamadas cochayuyo, ele nos contou várias histórias de pesca e da cultura da região, a sua relação com o oceano é muito profunda. Omar nos deixou uma mensagem muito especial: “Sigan su camino con amor y respecto pues és el lugar que nos recibe.”



Neste momento sentimos que havíamos sido recebidas por Pichilemu e quase que não conseguimos ir embora. De coração pleno seguimos rumo ao norte, Viña del Mar, aonde faremos as primeiras oficinas do Rekombinando  junto ao Projeto Temahatu Surf Social.




*professors são os quatro amigos que fizeram a viagem de Porto Alegre até a Califórnia em 1976 e que inspiraram o Rekombinando , são eles Antonio Chula, Neco Corbetta, João Wallig e Paulo Tupinambá. Os chamamos assim pois suas histórias de vida nos ensinam muito.


Texto: Antonia Wallig
 Fotos: Tz Jamur



domingo, 10 de janeiro de 2016

Por la carretera. Do Pampa aos Andes





         Desde a saída do Brasil passamos pelo Uruguai e Argentina  para chegar na  “comprideza “ do Chile. Saímos dos pampas, nosso bioma de origem,  onde o verde cresce rente ao chão, o horizonte  é largo e amolece o olhar, pequenas flores coloridas alegram a monotonia e  as árvores de copas volumosas se enraízam aleatoriamente no solo, dando sombra ao longo do caminho.
Durante o cruze dos pampas curtimos muito a transição entre os países, o doce de leite, o vinho, os alfajores,  a mudança do português para o espanhol, o pôr do sol, os acampamentos   e os banhos de rio. Curtimos muito estar juntas, lembramos de muitas brincadeiras da infância e também fizemos uma roda de  propósitos para a viagem e para 2016  entre todos nós. Estas foram as nossas intenções :  Aloha, Sonho, Comunhão, Descoberta, Aprendizado, Cuidado Mútuo, Busca.
 Foi depois de 4 dias na estrada começamos a avistar as primeiras montanhas. No dia 1º de janeiro de 2016 chegamos em Mendoza, cansados e felizes por já estarmos de frente para primeiro grande desafio da viagem, a Cordilheira dos Andes. Os professor* nos sugeriram  acordar bem cedo para pegar o sol nascendo na montanhas. Lemos o diário de viagem deles e vimos que foi no dia 1º  de maio que eles estavam exatamente no  mesmo lugar que nós, se preparando para cruzar a Cordilheira. Então as 6h da manhã já estávamos com pé na estrada e o sol começava a tingir de luz os cumes mais altos.
        Conforme fomos subindo a neve foi aparecendo. Ficamos muito emocionadas com a grandeza das montanhas, com a delicadeza das flores dos Andes e com a oportunidade de estarmos juntas neste lugar mágico. “Montanhas Sagradas, cheias de sabedoria e ancestralidade, nos sentimos protegidas pela imensidão do teu silencio e inundadas pela pureza do ar. Ao pé do Aconcagua,  a maior montanha do continente americano com quase 7 mil metros de altura, respiramos, cantamos e oramos em gratidão, certas de que a vida está nos dando um presente.


       Encaramos um transito de três horas paradas na estrada, antes de chegar na fronteira com o Chile, aproveitamos para andar de skate e muitas crianças vieram conhecer e visitar a kombica. Revivemos muitas passagens do percurso dos professors  e transpusemos a grande cadeia de montanhas que  separa o Atlantico do Pacifico. Nossa próxima parada é Pichilemu, aonde a Kombika se encontrará pela primeira vez com o mar.





*professors são os quatro amigos que fizeram a viagem de Porto Alegre até a California em 1976 e que inspiraram o Rekombinando , são eles Antonio Chula, Neco Corbetta, Joao Wallig e Paulo Tupinambá. Os chamamos assim pois suas histórias de vida nos ensinam muito.

texto: Antonia Wallig
Fotos: Tz Jamur


quarta-feira, 6 de janeiro de 2016

Sobre dirigir uma kombi






Nos primeiros dias de estrada fomos nos adaptando à direção da Kombica, depois de alguns dias podemos afirmar:  A Kombi é mulher
Cheia de malemolência e jogo de cintura. Tem folga na direção, mas não perde o rumo.
Se molda as curvas e buracos da estrada como se fosse água e chama atenção pelo rebolado. Para  poder dirigi-la tem que ir na manha, ter paciência e bom humor, saber que ela tem seu tempo próprio.

Espaço não falta para guardar tralhas e histórias, sempre cabe mais uma. É louca por aventuras, mas fique ligado, que para dar a curva nela tem que ser bom de braço, ou de abraço.





texto: Antonia Wallig
Fotos: Thomaz Crocco/AntoniaWallig

segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

"Sonho que se sonha junto é realidade"

O projeto Rekombinando foi feito a três mãos, pensado por três cabeças, sonhado e desejado por três corações. Antonia, Christie e Cissa,  três mulheres, amigas, surfistas, amantes do mar e das experiências que a vida traz. Criamos este projeto inspiradas pela viagem de quatro amigos, que no ano 1976 foram de Kombi de Porto Alegre à Califórnia. Até hoje seguem surfando juntos, espalhando alegria e histórias incríveis por  onde passam. Um deles é o pai da Antonia e nós chamamos eles de “professors”, pois com sua maneira de ver a vida nos ensinam muito. Decidimos então refazer a viagem dele e ver o que a América Latina guarda para nós, 40 anos depois.
                Passamos quatro anos planejando o Rekombinando, procuramos uma quarta integrante que quisesse nos acompanhar nesta aventura, mas sempre acabávamos nós três acreditando neste sonho que parecia maluco, até que a Cissa engravidou e deu a luz a quarta integrante, a Gabriela. Desde o início sabíamos que o Rekombi teria um objetivo social, pedagógico e de integração cultural. Nós três trabalhamos com projetos educacionais ligados a arte,  surf e conscientização ambiental, este é o tripé do Rekombinando. A nossa Kombi é um ateliê  itinerante, um lugarzinho onde podemos sonhar, criar e viajar por aí oferecendo oficinas e as mais diversas experiências para as crianças no caminho.
No dia 29 de dezembro de 2016 partimos de Porto Alegre para realizar a primeira perna do Rekombinando, até o Peru. O nosso propósito é levar o conhecimento que temos para as crianças da América Latina, como já fazemos no Brasil. Além disso vamos revisitar os lugares, amigos e histórias que tanto ouvimos os “professors” falar e encontrar os tesouros deixados por eles no caminho.
                Esta experiência vai se transformar em um documentário e um livro (que será distribuído para as crianças no Brasil), conectando as crianças do Pacifico com o Atlântico e levando um pouco das histórias da América Latina para os pequenos do nosso pais. No percurso vamos relatando a viajem e nossas percepções através deste blog, da página do Facebook e Instagram, dos relatos para a Radio Graviola e de uma websérie.
Muito trabalho foi dedicado para o Rekombinando se tornar real. Inscrevemos o projeto na Lei Rouanet, para habilitar a realização do documentário através da Lei de Incentivo à Cultura, que permite que empresas de lucro real apoiem projetos deduzindo 4% de seus impostos. Conversamos bastante com os “professors” sobre a viagem, orçamos todos os custos e fizemos o planejamento da viagem e das oficinas. Sabemos que realizar um documentário na estrada depende de muito envolvimento, e fazer uma viagem deste porte com uma pequena de dois anos, como a Léla requer preparo e  segurança .
Como ainda não conseguimos financiamento decidimos abrir o caminho e fazer a primeira etapa da viagem com recursos próprios. Tivemos o apoio da família da Cissa para adquirir a Kombi e o trabalho de muita gente que se envolveu com o projeto. A Christie fez a arte da Kombica e a Cissa cuidou do projeto das adaptações para ela virar um ateliê itinerante. O Enio da Cia do Fusca nos apoiou com toda a mão de obra e conhecimento para realizar a transformação da Kombi, a Tok e Stok forneceu produtos para deixar ela linda por dentro, a Braxin nos deu um super desconto em um painel solar que nos  garante ter energia na Kombi, a Suport nos deu um piso emborrachado igualzinho à madeira que ficou prático e aconchegante.
O Thomaz nosso cinegrafista, parceiro desde o início, topou iniciar o projeto mesmo com pouco recurso, o Márcio na produção, nas trilhas e no suporte às filmagens e o Rubens disponibilizou seu carro  para ir como carro de apoio, além de ajudar muito com a parte logística especialmente no que se trata da segurança da pequena Léla, que também é sua filhinha! Tivemos também parceria dos meninos do Surfari no desenvolvimento do roteiro, um super trabalho caprichado, que está nos ajudando muito a direcionar a captação das imagens!

Alguns “mimos” especiais deram ainda mais alegria para o nosso projeto: as meninas da Simba apoiaram com maiôs lindos para gente entrar na água, a Soul Floripa presenteou a Léla com uma roupinha muito fofa, a Uhul nos deu um biquíni super e confortável para surfar.  
Isso sem falar de todos familiares, amigos e pessoas que fomos conhecendo nesta trajetória, que nos deram dicas, palavras de incentivo e muita ajuda na logística e configuração deste projeto. E é GRACIAS a todos que agora estamos na estrada, neste momento saindo de Santiago em direção a Pichilemu, aonde a Kombica se encontrará pela primeira vez com o Oceano Pacifico.
Um sonho para tornar-se realidade leva um pouco da medida de cada um,  da coragem de cada um,  da entrega,  do talento, da visão e da superação do medo de sonhar de cada um.

E isso tudo começou lá em 1976... mas, a partir de agora o vem pela frente é uma nova experiência!


                                
texto: Antonia Wallig
Fotos: Thomaz Crocco